Deixemo-nos de preliminares.
As rosas estão cansadas,
e as mãos abertas não servem
para apagar a noite quando chega.
O gorgulho tomou conta da casa
e o salitre devora os corpos.
Basta que abras as pernas.
De que serve o consolo,
se tudo se afunda?
Melhor será esquecer promessas
e cuidar dos crisântemos –
o dia acabou de chegar.
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Missa Pro Defunctis é um ciclo de poemas escrito em Setembro e Outubro de 2011. É constituído por 21 poemas e pretende ser uma meditação poética sobre a nossa situação actual, meditação que acompanha a estrutura de um Requiem na tradição religiosa católica. Será publicado integralmente neste blogue nos próximos tempos, embora sem periodicidade diária ou qualquer outra.
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