Todos
aqueles palácios ardem na memória.
As estátuas
derrubadas deixam pelo chão
Um rasto de
sangue e um lugar vazio.
Súbita, a
sombra da lira de Orfeu cresce,
Uma
desmesura acompanha a morte de Pã,
E os teus
dedos, Antígona, cobertos de pó,
São ramos
secos do loureiro abandonado:
Trémulos
pássaros na casa do esquecimento.
Por que
voltamos sempre a ti, pátria amada?
Olho-te,
aurora, berço do meu berço,
Luz incandescente
vinda do secreto coração.
Levanto-me e
escrevo-te nesta madrugada.
Uma última canção, uma pobre elegia?
Não, apenas o
sopro do espírito ao arder.
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