Interlúdio.
Corpo habitado pela morte,
Corpo
inclinado para a vida.
As ácidas maçãs
deixadas ao sol,
O cheiro a
pedra lavada, tracejada
Pela
melancolia das horas que passam.
Escutavam a
tua voz ao anoitecer,
Estrelas, luas,
anjos no jardim das oliveiras.
O teu nome
está suspenso
Neste dia
entregue ao descanso,
Neste
sossego lento que é a morte.
Nas ruas, sol
e moscas, o ganir dos cães,
Pressa das
mulheres presas ao mênstruo.
Solícitas ao
ardor, algumas rasgam vestes,
Entregam o
corpo à primeira palavra,
E esperam exaustas
a glória da ressurreição.
Bom, está consciente de que a fasquia foi colocada bem alto?
ResponderEliminarEstou curiosa pelo poema que vai marcar o momento da ressurreição.
Que os céus o inspirem que nós, aqui nas ruas da amargura, estamos sedentos de saber o que aí vem.
Muito obrigado. Veremos se a coisa acaba bem ou não. Nestas coisas, como em todas as outras, não há garantia de nada. Nem sempre o espírito está inclinado para onde deveria.
Eliminar"Começar de novo
ResponderEliminare contar comigo
vai valer a pena
ter amanhecido"
Aqui, no eterno conforto do sofá oiço a Simone (brasileira) cantar esta maravilhosa música de Ivan Lins.
Oiço-a há anos e hoje dei comigo a pensar que fala de ressureição...
Amanhã volto, curiosa...
Veremos que ressurreição será ainda possível, ou que ressurgir irrompeu no texto. Mais daqui a um pouco.
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