Pierre Bonnard - La Palma (1926)
54. Um dia de solidão transfigurada
Um dia de
solidão transfigurada
pelo fogo
que arde nas tuas mãos.
Um anjo
febril, pálido p’las ruas,
a amargura
da tarde incendiada
pelas velas
exaustas da saudade.
Oiço o mundo
bater à minha porta,
mas deixo-me
dormir. Sou a fria onda
perdida pela
praia de cinza e sombra.
Tivesse a
perfeição de tudo dar,
abriria para
ti rosas e nuvens,
e todos os
outonos seriam teus
no silêncio
do amor despedaçado.
Da beleza da melancolia.
ResponderEliminarRenuncia, nostalgia, desencanto.
Tocante.
Um abraço
Muito obrigado.
EliminarAbraço.