Giacomo Balla - Manifestação patriótica (1915)
Dizer que Durão Barroso é o carburante da extrema-direita peca por defeito. Para além de Durão Barroso - em última análise, personagem secundária em todo este enredo -, há muita gente, por essa Europa fora, que está a alimentar o crescimento da extrema-direita. O crescimento da extrema-direita está assente em dois pilares centrais. No primeiro, encontra-se a conversão da direita e da esquerda social-democrata ao liberalismo e o apoio que têm dado à radicalização dos processos de liberalização da economia e à consequente destruição do Estado Providência. No segundo pilar, está a esquerda não social-democrata e a sua impotência em encontrar políticas credíveis que permitam manter uma certa harmonia nacional. Quem olhar com a atenção o desenvolvimento da sociedade francesa percebe que o crescimento do partido de Marine Le Pen se deve à traição de uns e à impotência de outros. Quando tudo falha, o patriotismo é último refúgio dos desesperados e não apenas dos canalhas, como pensava Samuel Johnson.
Assino por baixo.
ResponderEliminarA História tem tanto para ensinar, mas ninguém quer aprender.
Se para a direita, a "sua extrema" é um mal tolerável, já as esquerdas deveriam assumir a auto-crítica e ter bem presentes as lições do passado.
Abraço
A história tem muito a ensinar, mas as pessoas não acreditam que possam aprender alguma coisa com ela. Há uma cegueira que nos leva, uma e outra vez, a cometer os mesmos erros.
EliminarAbraço
Completamente. Acabei de ler algo sobre isto no DO e vou escrever aqui o que escrevi lá: na ausência de bons, crescem os maus. E o discurso patriótico pode, assim e por causa disso, levar a grandes males.
ResponderEliminarE subscrevo tb os comentários, já agora.
Estamos a caminhar para o momento em que o desespero de muitos se vai entregar no regaço da canalhice de alguns.
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