A súbita
claridade da manhã,
O ócio de um
sol impenitente,
Os dias
seguindo-se aos dias,
Essa
alucinação vinda da infância.
A dança do
teu coração vem,
Rumor de cinza,
sombra de orvalho,
O desejo de
morrer nos dias
Em que o sol
te lembra os meus braços.
Nas ruas
fermenta a solidão,
As árvores
lêvedas inclinam-se
E rasgam
avenidas de sombra.
Esperam que
a manhã desagúe
No mar
imenso das tuas mãos,
Suadas, água
e ânsia nocturnas.
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