Como este tempo
prefigura a ruína,
O
esquecimento em que cairá o corpo.
O jugo
pesado da terra esconde
Pedras,
flores, promessas deserdadas pelo futuro.
Das estações
do ano não haverá sinal
Nem da
música amada restará fragmento.
Escutarão o
silvo das aeronaves
No silêncio
onde o terrível ganha forma.
Revolvem-se
as vísceras na luz tardia.
Paradas, as
águas do rio apodrecem,
Sangue do
meu sangue na carne em declínio.
Quando a peregrinação
encontra fim,
Ouvem-se sinos
a ecoar na montanha.
Um cisne
canta e no céu triste voa o corvo.
Este poema está para além de belíssimo, Jorge.
ResponderEliminarMuito obrigado, Ivone, pela generosidade.
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