Sou apenas a
minha solidão,
Um resto que
ficou do jantar,
Exercício de
piedade
De quem não
deita comida fora,
Por respeito
a quem morre de fome.
Sou apenas a
minha ruína,
A janela de
vidros partidos,
A caliça a
cair das paredes,
Os móveis
afundados no soalho,
Quebrados
pelo peso do pó.
Sou apenas a
minha morte,
Sombra que
irrompe na madrugada,
Abre as
flores do jardim,
Avança
tranquila no caminho;
A vitória, no
fim da viagem.
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