De tudo a
que chamamos vida
o que resta
depois da tarde
é a dor
penetrante e sofrida;
no silêncio
da noite ainda arde.
Nem vale a
pena falar do coração,
dos dias que
se abria ao ardor.
O que chega
são sombras, partirão
para as
terras que se calam ao sol pôr.
Caminhamos numa
ilusão presos,
e na terra ansiamos
o mar,
exaustos de
sol e rosas no jardim.
Mas em cada
passo que damos surpresos,
uma promessa
de água por amar,
uma dor que
a morte faz viver assim.
É muito difícil conseguir-se aliar a rara beleza à métrica sem se cair na facilidade. Aqui alcançou-se a rara beleza sem cair na dita facilidade. Nenhuma. Dos melhores sonetos que por aqui tenho lido.
ResponderEliminarAh e...ansiaremos sempre o mar.
Muito bom.