O Partido Socialista tem agora um Laboratório de Ideias, para o qual tem vindo a convidar certas personalidades com prestígio na sociedade civil. Estes exercícios (a que os partidos gostam de recorrer) sempre me pareceram ociosos. Servem para evidenciar quem aceita (por exemplo, o Prof. Júlio Pedrosa) ou quem rejeita (o Prof. Manuel Carrilho), mas do ponto de vista prático tudo isto não passa de pura irrelevância. No entanto, serve para mostrar uma coisa. Os partidos, mesmo os do arco do poder, conhecem mal o país, não sabem minimamente o que fazer e, o mais sintomático do espírito do tempo, não têm quaisquer princípios que os guiem na acção política. Por isso sentem-se coagidos a este tipo de festividades. Estas, dignas de verdadeiros escuteiros, podem ajudar a conquistar o poder (o sonho do qualquer líder da oposição), embora em Portugal o poder não se conquiste. Cai nas mãos de quem o apanha por má conduta da governação anterior. Pressinto já o frémito que perpassa pelo país à espera das ideias que tão eminente laboratório há-de destilar.
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