sábado, 25 de fevereiro de 2012

Os Cinco fazem 70 anos


Isto de estar com dor de garganta e um pouco febril é uma óptima desculpa para andar a flâner por aqui e por ali, sem nenhum objectivo pré-determinado. Nessas deambulações, encontrei no A Terceira Noite, de Rui Bebiano, uma nota sobre o septuagésimo aniversário do primeiro livro dos cinco, Os Cinco na Ilha do Tesouro. Como muita gente da minha geração (e de gerações anteriores e posteriores) li avidamente as aventuras dos Cinco. Era um tempo em que não havia praticamente televisão e, durante as férias e não só, havia um tempo infinito para ler. Os Cinco fazem parte dos livros da minha vida, embora não tenham sido os primeiros livros de texto corrido que li. E marcaram-me de tal maneira que, numa época onde a colecção Uma Aventura, de Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães, dominava o mercado, insisti para que os meus filhos lessem em primeiro lugar os Cinco. O meu filho teve inclusive um belo Castro Laboreiro a que deu o nome de Tim. Setenta anos são muitos anos, mas a Ana, a Zé, o David, o Júlio e o Tim pertencem à esfera do Olimpo, são deuses sobre os quais  Cronos não tem império.

2 comentários:

  1. a biografia de enid blyton da bbc que vi ontem à noite mostra-nos uma mulher dura e insensivel que tudo desprezava, a familia, o marido e filhos, mãe e irmãos, e que só pensava na sua escrita. Nem de crianças gostava, irritava-a a presença delas, as crianças eram apenas o seu publico que lhe comprava os livros aos milhões.
    Helena bohnan carter faz de enid, uma mulher que chega a ser repulsiva, mas bom que a bbc não doure a pilula mostrando como a escritora era de facto na intimidade e realidade

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    1. No fundo, o que interessa ao leitor são as obras e não tanto os autores. E as obras não têm de ser um retrato biográfico, ainda que dissimulado, dos autores. Não vi a biografia da Enid Blyton, mas por pior que ela seja, isso não vai anular os momentos de prazer que a leitura dos seus livros me deram na minha longínqua infância e pré-adolescência.

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