A saga deste
Inverno sem chuva
Cobre o
horizonte amarelo dos campos.
Algumas aves
planam no céu tranquilo
E ao longe
crepitam os primeiros fogos.
Olho da
janela o incêndio da tarde,
Enquanto o
coração pulsa inebriado
Pela recordação
das tuas mãos incertas,
Exaustas,
entregues ao capricho do vento.
Tudo crepita
na luz do anoitecer.
As ruas transfiguradas
cobrem-se de faúlhas,
São jardins onde
as estrelas se demoram
Para que não
venha tão cedo a manhã.
Acordado, na
noite sem destino, espero
A hora em
que me venhas adormecer.
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