Os EUA, com a longa experiência de invasões a que se têm dedicado desde o fim da II Guerra Mundial, já tinham tido tempo de aprender. Hoje em dia, as guerras não são apenas questão de força militar, são também jogo comunicacional, que tem por pano de fundo a História e a Cultura. Assim sendo, seria útil que os militares americanos, desde os soldados aos generais, para além da preparação militar e estratégica, tivessem aulas de História e de Antropologia Cultural. Eu sei que homens que são homens não ligam a esses coisas menores da história e das culturas dos povos, mas talvez evitassem pedidos de desculpa como este. Nós sabemos que o mundo muçulmano é muito susceptível com os seus símbolos religiosos (embora o mesmo não se passe com os símbolos religiosos dos outros), mas parece que os soldados americanos ainda não perceberam o assunto. Queimar cópias do Alcorão (e não o Corão como grafa o Público), mesmo que estejam no lixo, não é recomendável para captar a indiferença (a simpatia, essa é impossível) de muçulmanos ocupados. Portanto, ou os EUA se deixam de invadir países por tudo e por nada, ou preparam as suas tropas do ponto de vista cultural. Não faltarão historiadores e antropólogos no desemprego.
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