segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Poema 22- As bacantes



Ouve-se o velho rumor.
Um cheiro tão conhecido
Enche as narinas de furor,
Ao acordar o adormecido.

Nos seios o sangue lateja
E o corpo dança inquieto,
Pois  a morte o deseja
E o deus ergueu-se desperto.

Os corpos dão-se primitivos
E os homens, agora fugitivos,
Sentem o antigo desvario.

Tremem de calor, não de frio,
Quando elas passam loucas
E a morte sorri-lhes nas bocas.

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